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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

"Laíntes"

Qualquer pessoa descendente do Fontão conhece as palavras: rebo, lefo, insara. Estas são palavras de uma língua antiga chamada de laíntes, falada entre os comerciantes de lanifícios. Como sabemos o Fontão era uma terra de vendedores de lanifícios, daí até o nome de "Lafureus". Por isso os residentes do Fontão sabiam falar essa língua, e ainda hoje, se diz uma palavra ou outra de laíntes, como por exemplo: "És um rebo"! Numa pesquisa na Internet fui dar ao site da Castanheira de Pera, onde se diz que o laíntes nasceu lá. E até se percebe dado que era uma zona de lanifícios onde havia muitas fábricas, e ainda hoje há. Diz-se que o laíntes foi criado para os comerciantes falassem entre si, sem os clientes se aperceberem e também no caso de um assalto dado que viajavam com o dinheiro.

Deixo aqui um pequeno texto em laíntes e algumas palavras retiradas do site da Câmara Municipal de Castanheira de Pera. http://www.cm-castanheiradepera.pt/lainte.asp


 
Dicionário
Laínte
Português
Alcatrefo
Alçomo
Almodovo
Artife
Batora
Broca
Caloio
Carmar
Coideia
Dronha
Garpar
Ladrilho
Larfar
Loreta
Maneza
Monas
Nampo
Obridoga
Paontra
Pedêça
Pissalta
Razopa
Rodélos
Verdunhar
Alfaiate
Almoço
Algodão
Pão
Barato
Casa
Caloteiro
Comprar
Bêbado
Dinheiro
Pagar
Ladrão
Falar
Água
Mulher
Batatas
Pano
Obrigado
Patrão
Peça
Rapariga
Rapaz
Tostões
Vender



Pequeno Diálogo em Laínte
- Choina codêpia, hoidêje a rêfa verse cópia.
- Insara amidêgo, o cames verdunhou timum de faiarra.
- Taêmes o cames, jordamos atilém ao cadéfe bercher um moiteira copio?
- Insara, o cames taêmes jorda carmar cidorras pra cachinar.
Tradução em Português
- Boa noite, hoje a feira foi boa.
- É verdade amigo, eu vendi muita fazenda.
- Também eu, vamos além ao café beber um copo de vinho?
- Sim, eu também vou comprar cigarros para fumar.

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